10.12.07

The lost art of keeping a secret



Como tantas outras vezes, ouvi aqui os primeiros sons de "Untrue", o novo disco de Burial. Pela amostra que o Francisco escolheu, deu para perceber que o disco é sublime, o que a audição da obra completa manifesta descaradamente. E deixem-me que vos diga que "sublime" é uma das palavras que caem bem junto a Burial. Aquela música é "muito grande". Há ali também um processo de sublimação - uma passagem do estado sólido ao gasoso, atmosférico, sem estado intermédio. A vida - no caso feita dos personagens que povoam a urbe londrina, a paisagem -, transformada em memórias dispersas num vapor que se sente.
O nome por detrás de Burial permanece ainda hoje, dois álbuns depois e muita aclamação - a Wire considerou o primeiro disco, "Burial", o melhor de 2006 -, desconhecido. Só fica a música. O essencial.


"It's just the way I am. I can't step up, I want to be in the dark at the back of a club. I don't read press, I don't go on the internet much, I'm just not into it. It's like the lost art of keeping a secret, but it keeps my tunes closer to me and other people."


O resto aqui.

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